Tuesday, August 16, 2011

Missão, visão, valores



Rick Boxx*

Perguntaram ao meu amigo Estevão: “Se você tivesse que começar seu negócio de novo, o que faria de forma diferente? “ Estevão respondeu rápida e decididamente: “Imediatamente eu esclareceria a visão, missão e valores da empresa e os comunicaria constantemente ao quadro de funcionários”.

Ao longo do tempo Estevão descobriu que, quando a equipe obteve compreensão clara de quem eles eram e entraram em acordo em relação para onde estavam indo, a empresa tornou-se muito mais eficiente. Em essência, eles obtiveram respostas para três perguntas fundamentais: (1) Para onde estamos indo? (2) Como chegaremos lá? (3) Como saberemos que já chegamos?

Max DePree, ex-CEO de uma empresa de móveis para escritório e autor de vários livros, observou que comunicação clara em uma organização é essencial para que ela opere com sua capacidade máxima. Ele disse: “Relacionamentos nas corporações melhoram quando a informação é compartilhada com exatidão e livremente”.

Esse princípio é verdadeiro para qualquer empreendimento na vida, quer planejando atividades da família, indo para guerra ou desenvolvendo iniciativas beneficentes. Porém, no mundo profissional e empresarial, onde indivíduos únicos se misturam oferecendo variedade de habilidades, interesses e experiências, a necessidade de clareza da visão, missão e valores não pode ser superestimada. Para assegurar o sucesso não pode existir confusão a respeito de planos, metas, expectativas, responsabilidades ou papéis. E essa comunicação não pode ser esporádica: é preciso que seja contínua e completa.

Por essa razão, empresas exibem fisicamente declarações de missão e visão por todas as suas instalações e escritórios. Escrever tais documentos seria de pouco valor, caso fossem arquivados em gavetas e esquecidos. Quando são periodicamente revistas em reuniões, permanecem em primeiro plano na mente de todos.

Na Bíblia, o melhor manual de negócios jamais compilado, vemos exemplos em que a necessidade da expressão clara de visão e missão são ressaltadas. Por exemplo, Deus instruiu o profeta Habacuque: “Escreva em tábuas a visão que você vai ter, escreva com clareza o que vou lhe mostrar, para que possa ser lido com facilidade. Ainda não chegou o tempo certo para que a visão se cumpra; porém ela se cumprirá sem falta...” (Habacuque 2.2-3).

Ao final de Seu ministério terreno, Jesus Cristo fez uma clara afirmação de missão e visão para Sua “equipe”: “Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam Meus seguidores... ensinando-as a obedecer tudo o que tenho ordenado a vocês...” (Mateus 28.19-20). Nessa diretriz concisa, Jesus afirmou a Seus seguidores quem eram, para onde deveriam ir e o que teriam que fazer.

Trazendo esse conceito para a esfera do mercado de trabalho, torna-se difícil para qualquer equipe ser produtiva, se seus membros não sabem para onde estão seguindo. Sendo assim, lembre-se de delinear sua visão com regularidade e consistência.

*Rick Boxx é presidente e fundador da "Integrity Resource Center", escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, CPA, ex-executivo bancário e empresário. Adaptado, sob permissão, de "Momentos de Integridade com Rick Boxx", um comentário semanal acerca de integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes.

Facilitadores da tentação



Robert J. Tamasy*

Quais são as maiores tentações em sua vida – as áreas em que você é mais vulnerável a transigir com seus valores e padrões pessoais e profissionais? Para alguns, a ira é um castigo sempre presente. Tendências irritáveis podem se transformar em explosão à menor provocação. Para outros é a tentação de distorcer a verdade – ou simplesmente mentir – especialmente quando se trata de obter vantagem em negócios, fechar venda ou atrair um cliente. Outros lutam com cobiça ou inveja, nunca satisfeitos com o que possuem ou conquistaram. Existe sempre o desejo de ter mais. Outros ainda lutam com tentações de ordem sexual em suas mais variadas formas, no ambiente de trabalho e outros lugares. Para estes, a luxúria nunca é satisfeita.

Um amigo falou-me há tempos acerca de uma sigla que ajuda a explicar porque nossas tentações parecem mais fortes em diferentes momentos de nossas vidas. A sigla é FISC, ou seja: faminto, irado, solitário e cansado. Cada uma dessas condições pode tornar nossas respectivas áreas de fraqueza ainda mais difíceis de administrar ou controlar.

Por exemplo, quando estou faminto minha inclinação natural para a impaciência fica ainda mais forte. Ao dirigir, resmungo impaciente contra os motoristas que impedem meu avanço. Se estiver num restaurante esperando que minha comida chegue, me descubro menos cortês e compreensivo com a demora. Eu quero o que quero – e já!

Recentemente estava me sentindo irado com uma situação totalmente fora do meu controle. Sentia-me irado por causa da minha incapacidade de fazer algo e fiquei tentado a redirecionar aquela ira para os membros da família.

Todos nós já ouvimos histórias a respeito de – ou nós mesmos experimentamos – estar só durante uma viagem de negócios e nos sentirmos solitários. Em ocasiões assim, buscamos estabelecer conversações casuais ou até companheirismo aparentemente inocente e, de repente, nos defrontamos com uma situação verdadeiramente comprometedora.

Após um dia particularmente estafante ou depois de concluída uma tarefa difícil que consumiu muito tempo, estar cansado pode rapidamente injetar conflito num relacionamento que normalmente apreciaríamos. Sendo assim, o que fazer quando encontramos tentações ou um desses elementos FISC? Considere os conselhos sobre isso extraídos de um livro venerável, a Bíblia:

Não confunda tentação com mau procedimento. Ser tentado não significa falhar, pelo menos, não ainda. A tentação é apresentada como oportunidade para a má ação, o que a Bíblia define como “pecado”. Até mesmo Jesus foi tentado. “O nosso Grande Sacerdote não é como aqueles que não são capazes de compreender as nossas fraquezas. Pelo contrário, temos um Grande Sacerdote que foi tentado do mesmo modo que nós, mas não pecou” (Hebreus 4.15).

Quando tentado devemos buscar ajuda. Alguém disse: “Posso resistir à tudo, menos à tentação”. Muitas vezes a resposta correta à tentação não é tentar com mais empenho resistir. É preciso reconhecer nossa fraqueza e pedir a Deus forças para vencer. “E agora Jesus pode ajudar os que são tentados, pois Ele mesmo foi tentado e sofreu” (Hebreus 2.18).

Tentações demandam escolha consciente. Um comediante usava a expressão, “O diabo me fez fazer isto”, para explicar um comportamento errado. Entretanto, ninguém pode nos forçar a fazer o que é errado. Nós consideramos e depois determinamos se agimos ou não segundo a tentação. “Mas as pessoas são tentadas quando são atraídas e enganadas pelos seus próprios maus desejos” (Tiago 1.14).

*Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Geórgia, USA. Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes.

Liderança viável e acessível



Texto: Rick Boxx*

Um editorial do destacado jornal de negócios, The Wall Street Journal, citou uma surpreendente tendência que está sendo praticada por executivos muito atarefados. De acordo com o relato eles estão contratando diretores de recursos humanos (“chief of staff”) – alguém para lidar diretamente com os funcionários, liberando os CEO’s para tratar de responsabilidades mais amplas no âmbito corporativo.

Parece significativo que no momento em que muitos CEO’s já se encontram bastante isolados de seus funcionários tenham agora lançado mão do recurso de designar outro guardião – uma nova camada de isolamento com seus empregados. Obviamente isso torna cada vez mais difícil que um funcionário tenha acesso direto aos superiores. Também leva a grande frustração entre aqueles que acreditam que suas necessidades não estão sendo ouvidas e suas contribuições não estão sendo reconhecidas.

O gerenciamento de tempo é fundamental e desconfio que seja uma das razões para essa recente tática. Entretanto, liderança verdadeiramente eficiente tem a ver com servir pessoas e não evitá-las. Quando encaramos o lidar com pessoas como problema em vez de privilégio, nossas prioridades estão seriamente fora de alinhamento.

Existem muitas fontes de consulta no que diz respeito à importância dos líderes estarem em estreito contato com seus liderados. Mas os melhores exemplos são encontrados na Bíblia. No Novo Testamento lemos: “Alguns traziam crianças a Jesus para que Ele tocasse nelas, mas os discípulos os repreendiam. Quando Jesus viu isso, ficou indignado e lhes disse: ‘Deixem vir a Mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas’” (Marcos 10.13-14).

Um conhecedor da vida de Jesus sabe que Ele tinha uma missão muito clara e dispunha de pouco tempo para cumpri-la. Ainda assim Ele sempre encontrava tempo para atender às pessoas que reclamavam Sua atenção, como na passagem acima. Se o Filho de Deus Se mostrava acessível às crianças, que naquela época nem eram consideradas pessoas, não deveríamos nós ser mais acessíveis aos nossos colaboradores? Eis outros exemplos extraídos da Bíblia:

Monitore regularmente o pulso da sua equipe. Como você vai saber se algum problema importante está para surgir se não se comunicar de forma consistente e próxima com seus empregados? Ignorar questões significativas pode colocar em perigo sua organização. “Esforce-se para saber bem como suas ovelhas estão, dê cuidadosa atenção aos seus rebanhos... os cordeiros lhe fornecerão roupa, e os bodes lhe renderão o preço de um campo” (Provérbios 27.23,26).

Conheça e se interesse por sua equipe. Quando as pessoas acreditam que seus líderes as conhecem e olham por seus interesses, elas se sentem estimuladas a fazer o melhor possível. “Quando a nação tem líderes inteligentes e sensatos, ela se torna forte e firme; mas quando a nação peca, ela muda de governo a toda hora” (Provérbios 28.2).

Dê a mesma atenção e cuidado que gostaria de receber. Quando temos necessidades prementes queremos comunicá-las a quem possa oferecer-nos assistência. Como líderes, devemos ser igualmente compreensivos com aqueles que se reportam a nós. “Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles façam a vocês” (Lucas 6.31).

*Rick Boxx é presidente e fundador da "Integrity Resource Center", escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, CPA, ex-executivo bancário e empresário. Adaptado, sob permissão, de "Momentos de Integridade com Rick Boxx", um comentário semanal acerca de integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes.

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