Thursday, March 25, 2010

Não construa sua carreira pensando em dinheiro


Por Marcelo Gonçalves*

Não tenho duvida de que muitos de nós já ouvimos dois tipos de conselho no que se refere às nossas escolhas profissionais. O primeiro diz que temos de fazer aquilo que “dá dinheiro”; o segundo, de que o certo mesmo é fazermos aquilo de que gostamos. Diante dessas duas orientações, aparentemente antagônicas, ficamos num dilema: o que devo, afinal, fazer? Ser pobre e feliz, ou rico e amargurado?

O fato, porém, é que as opções não são mutuamente excludentes. Se uma pessoa pensar somente em dinheiro, e em nome da ambição abraçar uma carreira que nada tenha a ver com sua personalidade, é muito provável que ela sequer consiga trilhar o caminho do sucesso. Ao contrário: ela viverá angustiada, e facilmente dará ouvidos aos amigos que lhe dirão que aquele trabalho é pura perda tempo, que ela está desperdiçando seu talento em um lugar que não reconhecer seu valor, que está sendo explorada pela empresa etc.

E, ao dar atenção a essas vozes de desalento e pessimismo, o profissional de fato começa a se sentir injustiçado, prejudicado. Sua reação, então, é colocar o “pé no freio” para não produzir tanto, para gerar menos resultados para a empresa – e nem se dará conta de que, na prática, está bloqueando seu próprio desenvolvimento profissional.

Por isso, é muito importante nós entendermos que não trabalhamos para a empresa, mas sim, na empresa. Trabalhamos para ganhar experiência, para evoluir como profissional, para fazer cada vez mais e melhor.

Além disso, uma remuneração mais alta está necessariamente vinculada à conquista de resultados melhores. Na frase “se eu ganhasse o que você ganha, trabalharia tanto quanto você”, temos, implícito, um problema de lógica. Afinal, o que surge primeiro é o bom desempenho, que leva aos ganhos mais elevados, e não o contrário.

É comum os anos se passarem, e o profissional que, no passado, orgulhava-se em “não trabalhar além dos limites”, mostrar-se frustrado e insatisfeito, autodefinindo-se como alguém “sem sorte”, que não conseguiu se firmar no mercado, progredir, brilhar, ter sucesso.

Sempre que ouço esse tipo de coisa, fico um pouco incomodado. Afinal, um profissional de sucesso certamente sacrificou muitas horas de lazer para poder sobressair e empenhou-se de corpo e alma no exercício da carreira. Reduzir seu brilho a mera questão de sorte é, no mínimo, uma injustiça!

O segredo para conquistar o sucesso não é sorte. Esse segredo reside em colocar toda energia no cumprimento de seus afazeres, e em saber atuar junto com a equipe. Compartilhar com as pessoas os desafios, as experiências e os bons resultados faz toda diferença.

Ao dedicarmos nosso tempo a pessoas que precisam do nosso suporte, também estaremos sujeitos às críticas. Ouviremos que X ou Z “não fariam isso por dinheiro nenhum do mundo”, e que você erra por deixar os outros se aproveitarem da sua boa vontade. Bobagem. Se você está ganhando experiência, inclusive em relacionamento interpessoal, tanto melhor!

Por tudo isso, trabalhe como se o dinheiro que recebe hoje não fosse importante. Estude como se dependesse do conhecimento para sobreviver, cultive a empatia com as pessoas e ajude cada um à sua volta a se desenvolver. Com essas atitudes, você logo vai notar que a onda virtuosa criada à sua volta terá reflexos diretos sobre a sua vida – e sobre o seu sucesso, é claro!

* Marcelo Gonçalves é sócio-diretor da BDO, responsável pelo escritório de São José dos Campos

Sunday, March 14, 2010

O Poder da Gentileza


O texto abaixo foi escrito por Rick Boxx *, traduzido por Mércia Padovani e revisado e adaptado por J. Sérgio Fortes. Recebi o texto do meu amigo e irmão Marcel Agarie. Vale a pena ler e refletir independente da sua orientação religiosa. Boa leitura!

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Minha esposa e eu estávamos celebrando o aniversário de casamento em nosso restaurante preferido. Quando terminamos o prato principal, o garçom que nos servia, nos trouxe uma deliciosa sobremesa com os cumprimentos de Lilly, uma conhecida com quem cruzamos no restaurante nessa mesma noite. Devido a experiências não muito agradáveis que tivéramos com Lilly no passado, ficamos extremamente surpresos ao sermos alvo de sua inesperada generosidade. Ao deixar o restaurante levamos conosco uma nova descoberta do caráter benevolente dela, uma característica que não conhecíamos antes.

No ambiente de trabalho a maioria de nós aprendeu que não é incomum enfrentarmos relacionamentos tensos e sentimentos de ira sobre uma série de questões. Por vezes, a tensão é o resultado positivo de um conflito criativo, mas geralmente, ao contrário, é resultante de competição, inveja, ciúme ou simplesmente animosidade entre pessoas de personalidades, valores e objetivos diferentes. Embora tais circunstâncias possam ser vistas como normais, elas não devem ser ignoradas pois podem se tornar nocivas e contraproducentes se não tratadas apropriadamente. Precisamos aprender a abordar tais questões e resolvê-las, se quisermos sustentar relacionamentos de trabalho efetivos e duradouros.

Voltando a pensar na Lilly, lembrei-me do texto bíblico em Provérbios 21.14, que ensina mostrar gentileza e generosidade sob a forma de um simples presente pode ajudar a pacificar a ira. Isto não quer dizer que devemos procurar “comprar” a solução de conflitos interpessoais. O melhor é procurar a pessoa com quem mantemos uma disputa e discutir o problema de maneira civilizada e educada.

Uma outra passagem bíblica afirma que, “Quem tem conhecimento é comedido no falar, e quem tem entendimento é de espírito sereno” (Provérbios 17.27). Um outro versículo amplia esta ideia: “Sem lenha a fogueira se apaga; sem o caluniador morre a contenda” (Provérbios 26.20). Se soubermos abordar de maneira apropriada a causa de um desentendimento ou conflito, sem adicionar mais combustível ao fogo, podemos ser capazes de curar um relacionamento deteriorado.

É de conhecimento geral que ações falam mais alto do que palavras. Juntamente com expressões verbais de desculpas ou desejo de reconciliação, um gesto de gentileza é capaz de confirmar que nossos intentos são genuínos. Isso pode envolver, como aconteceu com Lilly, um pequeno presente surpresa. Ou algo simples como um cartão ou nota, comunicando por escrito nosso desejo ou preocupação de deixar de lado a razão da contenda.

Sem um gesto de gentileza o conflito pode persistir indefinidamente, como nos lembra Provérbios 18.19: "Um irmão ofendido é mais inacessível do que uma cidade fortificada, e as discussões são como as portas trancadas de uma cidadela.”

Se você tem diferenças não resolvidas com alguém, hoje seria um bom dia para começar a resolvê-las.

*Rick Boxx é presidente e fundador da "Integrity Resource Center", escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, CPA, ex-executivo bancário e empresário.

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